Dom Frei Bernardo Johannes Bahlmann O.F.M., nascido em Visbek, Alemanha, em 10 de dezembro de 1960, é um frade franciscano que se destacou como líder religioso ao se radicar no Brasil, onde exerce atualmente a função de bispo da Diocese de Óbidos, no Pará. Desde sua chegada ao país, em 12 de agosto de 1983, consolidou sua trajetória na Ordem dos Frades Menores, passando pelo postulantado e noviciado, até professar seus votos solenes em 1991. Ordenado diácono em 1995 e sacerdote em 1997, Frei Bernardo foi nomeado bispo da Prelazia de Óbidos pelo Papa Bento XVI, sendo ordenado em 9 de maio de 2009 na Catedral de São Paulo, em Münster, Alemanha, e tomando posse pouco depois, em 23 de maio de 2009, em uma grande celebração na Praça de Sant’Ana.

Assim como Frei Bernardo, Dom Amando Bahlmann, também membro da Ordem dos Frades Menores (OFM), marcou profundamente a história eclesiástica no Brasil. Natural de Berthmansholte, Essen, Alemanha, Dom Amando nasceu em 8 de maio de 1862 e ingressou na ordem franciscana em 1879. Sua ordenação sacerdotal ocorreu em 1888, na Basílica de Latrão, em Roma. Chegou ao Brasil em 1891, inicialmente na Bahia, sendo posteriormente nomeado Comissário para restaurar a Província de Santo Antônio em 1892, contribuindo assim para a expansão da presença franciscana no país.

Dom Amando foi nomeado Prelado de Santarém em janeiro de 1907, tomando posse em agosto do mesmo ano. No ano seguinte, recebeu o título de Bispo Titular de Argos e foi consagrado na igreja de Santo Antônio, em Roma, em 19 de julho de 1908. Sua dedicação à missão amazônica e à Igreja no Brasil é lembrada até hoje. Faleceu em Nápoles, Itália, em 5 de março de 1939, tendo seu corpo trasladado para Santarém em 1952, onde repousa na capela do Bom Jesus.

Dois religiosos nascidos em solo alemão, mas de corações e missões profundamente enraizadas no Brasil, Dom Bernardo e Dom Amando representam diferentes gerações da atuação franciscana nas terras brasileiras. Seus legados, marcados pelo compromisso com a fé, a evangelização e o serviço às comunidades amazônicas e nordestinas, mostram o quanto a história da Igreja Católica no Brasil foi moldada, em parte, pelo trabalho incansável de missionários estrangeiros que aqui fincaram raízes e construíram pontes de fé e esperança.