DOM JOÃO CARDEAL BRAZ DE AVIZ

Dom João Braz de Aviz nasceu em Mafra (SC), em 24 de abril de 1947, sendo um dos oito filhos de João Avelino e Juliana Hacke de Aviz. Na infância, mudou-se com a família para Borrazópolis (PR). Ingressou no Seminário Menor São Pio X aos 11 anos, em 1958, inicialmente como seminarista da Diocese de Londrina e, depois, da recém-criada Diocese de Apucarana. Estudou Filosofia em Curitiba e Palmas, e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, onde concluiu a licenciatura em Teologia Dogmática.

Foi ordenado sacerdote em 26 de novembro de 1972, na Catedral de Apucarana. Como padre, exerceu intensa atividade pastoral e formativa: foi pároco, diretor espiritual de seminários, reitor do Seminário Paulo VI em Londrina e professor de Teologia Dogmática. Entre 1989 e 1992 retornou a Roma, concluindo o doutorado em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Lateranense. Sua sólida formação teológica e perfil pastoral contribuíram para sua nomeação episcopal.

Em 1994, foi nomeado bispo auxiliar de Vitória, recebendo a ordenação episcopal em 31 de maio. Em 1998 assumiu a Diocese de Ponta Grossa e, em 2002, tornou-se arcebispo de Maringá. Pouco depois, em 2004, foi designado arcebispo de Brasília, onde esteve à frente de importantes projetos pastorais e organizou o XVI Congresso Eucarístico Nacional em 2010. Em 2011, o Papa Bento XVI o nomeou prefeito da Congregação – hoje Dicastério – para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, tornando-se o quarto brasileiro a chefiar um dicastério da Cúria Romana.

Criado cardeal em 2012, Dom João Braz de Aviz tornou-se figura de destaque na Santa Sé, participando dos conclaves de 2013 e 2025 e sendo reconhecido por seu estilo pastoral simples e próximo. Em 2025 tornou-se prefeito emérito, após 14 anos à frente do dicastério. Sua trajetória inclui defesa da Teologia da Libertação, forte atuação formativa, diversas ordenações e um episódio marcante de sobrevivência a um sequestro em 1983. Seu lema episcopal, “Todos sejam um”, sintetiza sua visão profundamente voltada para a comunhão eclesial.